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Boletim de vitamina D | Ginecologia| Setembro

Vitamina D, homocisteína e disfunção tireoidiana como fatores de risco para aborto retido: uma análise retrospectiva de fatores de risco

Este estudo retrospectivo investigou a associação entre aborto retido e fatores de risco modificáveis, incluindo deficiência de vitamina D, hiper-homocisteinemia e disfunção tireoidiana. Foram incluídas 158 mulheres com aborto retido, que foram comparadas a 237 gestantes com evolução normal. Os resultados mostraram que níveis baixos de vitamina D, níveis elevados de homocisteína (≥ 15 μmol/L), TSH ≥ 4 mIU/L e presença de anticorpos antiperoxidase tireoidiana foram significativamente mais comuns no grupo com aborto. Entre os dois grupos, quando avaliados possíveis vieses para o quadro como idade, indice de massa corporal, número de gestações e partos, cicatrizes uterinas ou números de dias de gestação, os dois grupos tiveram resultados parecidos, sem diferença importantes estatisticamente entre eles. Porém, quando avaliado histórico de aborto, este foi estatisticamente significante maior no grupo de estudo do que no placebo (P=0.007). Desta forma, um viés já havia sido criado. Seguiu-se com a análise e baixos níveis de vitamina D foram significativamente associados a um risco aumentado de aborto retido (razão de chances = 1,8; P = 0,03). Com os resultados, é reforçado a importância do rastreamento e possível suplementação de vitamina D, além da avaliação de homocisteína e função tireoidiana no início da gestação, com o objetivo de reduzir o risco de aborto. Contudo, por se tratar de um estudo retrospectivo, e apresentar o viés citado acima, não é possível estabelecer causalidade entre os fatores identificados e aborto retido, sendo necessário mais avaliações desta correlações.

Leia na íntegra: https://www.dovepress.com/vitamin-d-homocysteine-and-thyroid-dysfunction-as-risk-factors-for-mis-peer-reviewed-fulltext-article-IJWH

 

Concentração de vitamina D gestacional e desenvolvimento cognitivo infantil: um estudo de coorte longitudinal no Programa de Influências Ambientais nos Resultados de Saúde Infantil

Este estudo de coorte prospectivo avaliou 912 díades mãe-filho para investigar a relação entre os níveis gestacionais de vitamina D e o desempenho cognitivo infantil. Cada aumento de 10 ng/mL nas concentrações de 25-hidroxivitamina D durante a gestação foi associado a escores mais altos de cognição geral (β: 1,11; IC 95%: 0,08–2,14) e cognição fluida, que é o tipo de capacidade relacionada a problemas novos, pensamento lógico novo por exemplo (β: 1,21; IC 95%: 0,07–2,34), mas não de cognição cristalizada, que é caracterizada pelo conhecimento adquirido e consolidado ao longo do tempo. O início da gestação parece ser um período sensível a essa exposição. Os achados indicam que a reposição de vitamina D antes ou no início da gravidez pode contribuir para o desenvolvimento cognitivo infantil e reduzir desigualdades raciais.

Leia na íntegra: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0002916525003399

 

Efeito da suplementação de vitamina D em baixas doses no tamanho dos miomas uterinos em mulheres com hipovitaminose D: um estudo piloto não randomizado

Este estudo observacional unicêntrico, incluiu uma coorte intervencionista prospectiva e uma coorte comparativa retrospectiva, com o intuito de avaliar o efeito da suplementação de vitamina D em baixa dose no tamanho dos miomas uterinos em mulheres com hipovitaminose D. O grupo suplementado (n = 15) com 25.000 UI a cada 2 semanas,  apresentou redução significativa do tamanho dos miomas de 56,9 ± 14,5 mm para 52,2 ± 13,6 mm (p = 0,001). No grupo controle (n = 16) os miomas aumentaram de 67,1 ± 20,2 mm para 79,4 ± 29,7 mm (p < 0,001). O tratamento durou 6 meses, com avaliação dos parametros no início do estudo e após 3 e 6 meses. Além disso, houve redução significativa nos índices de vascularização e fluxo dos miomas após 6 meses de suplementação. Os resultados sugerem que a vitamina D pode ser uma adjuvante na abordagem de pacientes com miomas uterinos e deficiência de vitamina D.

Leia na íntegra: https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/ijgo.70271

ginecologia e obstetricia