Evidências convergentes que relacionam o status neonatal da vitamina D e o risco de distúrbios do neurodesenvolvimento: um estudo de caso-coorte dinamarquês
Em uma grande coorte realizada na população da Dinamarca, n = 88.764, quem as concentrações mais elevadas de 25(OH)D foram significativamente associadas a um risco reduzido de TEA e esquizofrenia. Além disso, análises genéticas e de randomização mendeliana apoiaram uma relação causal entre concentrações mais baixas de 25(OH)D e proteína de ligação a vitamina D e maior risco de TDAH. Tais achados reforçam a hipótese de que níveis adequados de vitamina D no período neonatal podem ter um papel protetor contra o desenvolvimento de diversos transtornos do neurodesenvolvimento.
Leia na íntegra: https://www.thelancet.com/journals/lanpsy/article/PIIS2215-0366(25)00099-9/abstract
O papel da vitamina D na homeostase gastrointestinal e na inflamação intestinal
A análise estuda o papel da vitamina D na homeostase gastrointestinal, principalmente sua influência na integridade da barreira intestinal, modulação da resposta imunológica e manutenção da diversidade do microbioma. Através da ativação do receptor de vitamina D, essa vitamina contribui para a proteção do epitélio intestinal, reduz a inflamação e promove um ambiente microbiano saudável, especialmente relevante em doenças inflamatórias intestinais. A vitamina D promove o florescimento de bactérias benéficas e desencoraja a presença de bactérias comumente implicadas em condições inflamatórias. Os autores sugerem que a vitamina D pode ter papel terapêutico e preventivo nessas condições, embora enfatizem a necessidade de mais pesquisas para confirmar sua eficácia clínica.
Leia na íntegra: https://www.mdpi.com/1422-0067/26/7/3020
A suplementação de vitamina D em altas doses durante a gravidez de ulheres com IMC elevado pré gestacional, melhora o aumento induzido pela obesidade no nível de IL-1β materno sem afetar o aumento induzido pela obesidade na IL-6 e MCP
O presente estudo é um desdobramento do ensaio clínico GRAVIT-D, que investigou os efeitos da suplementação de vitamina D em diferentes doses durante a gravidez. Foram administrados 400 UI e 3.600 UI/dia, iniciadas entre as semanas gestacionais 11 e 16, sobre marcadores inflamatórios em gestantes com sobrepeso ou obesidade. Observou-se que um IMC pré-gestacional elevado esteve associado ao aumento das citocinas inflamatórias IL-6, MCP-1 e IL-1β no terceiro trimestre, independentemente da dose de vitamina D administrada. Contudo, apenas a IL-1β foi significativamente reduzida com a suplementação de 3.600 UI/dia quando avaliado no terceiro trimestre, sugerindo que doses mais altas de vitamina D podem atenuar parcialmente a inflamação associada à obesidade gestacional. Apesar disso, IL-6 e MCP-1 não responderam ao aumento da vitamina D. Os achados reforçam a importância de investigar doses ideais de suplementação em gestantes vulneráveis à deficiência de vitamina D e os possíveis impactos na saúde materna e fetal.
Leia na íntegra: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0960076025000706#sec0050
Vasculopatia do enxerto cardíaco intermedia a relação entre deficiência de vitamina D e mortalidade cardiovascular após transplante cardíaco
Em uma coorte prospectiva de 327 pacientes acompanhados por 5 anos, a deficiência de vitamina D (VDD) foi associada ao dobro do risco de mortalidade, principalmente por causas cardiovasculares. Os indivíduos com deficiência de vitamina D, foram associados ao dobro do risco de mortalidade em 5 anos (HR: 2,08, IC de 95%: 1,20-3,60), motivado principalmente pela morte cardiovascular. Apresentaram cerca de 3 vezes mais chances de desenvolver vasculopatia do enxerto cardíaco (VEC), condição que mediou aproximadamente 26,5% da associação entre VDD e mortalidade cardiovascular. A interação significativa entre VDD e VEC, indica que a VDD contribui de forma independente para o pior prognóstico dos pacientes transplantados, reforçando seu papel como fator de risco relevante nessa população.
Leia na íntegra: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0002870325001668
Deficiência de vitamina D e sua associação com parto prematuro de janeiro de 2016 a março de 2024: oito anos de efeito [ID 1566]
Na análise retrospectiva de 15.506 gestantes foi observado que níveis mais baixos de 25-hidroxivitamina D durante a gravidez foram significativamente associados ao parto prematuro. Mulheres que deram à luz antes de 37 semanas apresentaram concentrações médias de 25(OH)D de 30,4±17,4 ng/mL, enquanto aquelas que pariram com 37 semanas ou mais tiveram níveis médios de 34,8±17,3 ng/mL (diferença média de -4,4 ng/mL; IC 95%: -5,23 a -3,62; p < 0,0001). A diferença foi ainda mais acentuada entre gestantes que deram à luz antes de 32 semanas (26,3±14,9 ng/mL) em comparação às que pariram com 32 semanas ou mais (34,4±17,4 ng/mL), com diferença média de 8,2 ng/mL (IC 95%: 6,43 a 9,94; p < 0,0001). Esses achados reforçam a importância de monitorar e garantir níveis adequados de vitamina D como estratégia potencial para reduzir a incidência de partos prematuros.
Leia na íntegra: https://journals.lww.com/greenjournal/abstract/2025/06001/vitamin_d_deficiency_and_its_association_with.201.aspx