Gravidez: um filho muda tudo, mesmo antes do positivo
Cada mulher sabe o momento ideal para começar a planejar a gravidez. Tem a ver com momentos de vida profissional e pessoal, tem a ver com os planos do casal ou a decisão de seguir com os planos sem um companheiro, ou companheira.
Quando começar a planejar a gravidez?
A resposta pode ser dividida em dois aspectos:
Gravidez & Estilo de vida:
Em relação a estilo de vida, o planejamento familiar é importante para essa decisão, pois devemos considerar esses aspectos:
— Planejamento financeiro. Uma gravidez e filhos impactam diretamente na vida financeira do casal, principalmente se ambos tiverem uma profissão autônoma, onde a renda depende do serviço prestado ou da venda realizada. Após o nascimento existe um período de dedicação plena, e é importante que as questões financeiras estejam equalizadas, pelo menos em relação aos gastos básicos.
— Adaptação da casa. Uma casa ou apartamento precisam ser adaptados para receber uma criança. Muitas mães e pais de primeira viagem focam na decoração do quarto e acabam deixando outros detalhes para depois. O ideal é preparar tudo antes para não precisar de obra nos primeiros meses, quando qualquer barulho diferente pode acordar o bebê de seu sono. Por exemplo, telas de segurança, adaptação de elétrica, melhorias de acessibilidade para carrinho. Se forem gêmeos, alterem as portas quando possível para que o carrinho passe na porta de entrada. Vale a pena conversar com uma arquiteta especializada e resolver essas coisas antes do nascimento.
— Mudança de emprego. Se você trabalha em um lugar que não vai te apoiar durante o período de amamentação do bebê, considere a hipótese de mudar de emprego bem antes de engravidar. Hoje existem muitas empresas que entendem a importância da proximidade entre a mãe e a criança nos dois primeiros anos e já oferecem creche e suporte, tornando esse período muito mais leve. A contrapartida é uma funcionária mais tranquila, descansada e engajada.
Gravidez e Idade da mulher:
A decisão por tentar engravidar pode acontecer a qualquer momento. Para essa tomada de decisão, ou para se preparar para ela é extremamente importante que a mulher esteja ciente que uma gravidez não é igual em todas as idades.
— Gravidez dos 20 aos 30 anos: idade ideal para a gravidez do ponto de vista médico. A fertilidade está em alta, e todos os riscos envolvidos são menores. Cada vez menos mulheres decidem ter filhos nessa faixa etária, mas o planejamento médico nessa fase é simples e pode consistir apenas em alguns exames e a programação da interrupção das pilulas anticoncepcionais, quando for o caso.
— Gravidez dos 30 aos 40 anos: perto dos 30 anos, a gravidez ainda é plenamente possível para a maioria das mulheres, mas por volta dos 35 a fertilidade cai drasticamente. É nesse momento que é indicado falar com um médico especialista em reprodução humana para avaliar a possibilidade e as estatísticas envolvidas em congelamento de óvulos e congelamento de embriões.
—Gravidez depois dos 40 anos: toda gravidez após os 40 anos é considerada de risco. Isso porque, se na vida social, a mulher está no seu auge após os 40, com carreira estabelecida e objetivos conquistados, a evolução não sabe disso e as estatísticas de fertilidade e riscos envolvidos apontam para a necessidade de ajuda profissional, que pode envolver de estimulação hormonal até o recurso de um banco de óvulos. Existem mulheres que engravidam naturalmente após os 40, e têm uma gravidez tranquila e um bebê saudável? Claro! Mas estatisticamente não é interessante contar com isso. Busque um profissional o quanto antes.
Falar com seu médico a respeito de seus planos é de extrema importância, independente da sua idade. É ele que vai te orientar nessa jornada, passo a passo. É muito importante fazer todos os exames que vão permitir que você faça seus planos e se prepare para essa transformação importante que é a gravidez. Além do médico, os nutricionistas podem ser ótimos aliados, antes, durante e depois da gravidez.
Quais os sintomas de gravidez?
Está planejando uma gravidez? Fique de olho nos sintomas e entre em contato com seu médico ou sua médica. Nem sempre esses sintomas são indícios de uma gravidez, mas é importantíssimo verificar.
Vamos listar 10 sintomas importantes:
— Atraso na menstruação
— Aumento das mamas
— Aumento da sensibilidade das mamas
— Alteração no corrimento vaginal
— Náuseas e enjoos
— Sono em excesso
— Aversão a cheiros fortes
— Constipação intestinal
— Alterações incomuns de humor
— Volume abdominal
Puerpério
O bebê nasceu e seu corpo vai começar a viagem de volta para o estágio pré-gravidez. Esse período logo após o nascimento é chamado de puerpério e pode durar 60 dias ou mais, dependendo se a mulher está amamentando ou não.
Nos primeiros 25 dias o endométrio começa a cicatrizar e recobra a espessura normal, que prepara seu útero para uma próxima fecundação. Caso não ocorra, um pouco depois vai ocorrer a primeira menstruação pós parto.
Nesse período é interessante buscar acompanhamento psicológico para mapear e estar atento a possíveis sinais de depressão pós-parto, que é natural, comum e ocorre por uma somatória de fatores, desde hormonais até por exaustão mental.
Muito se fala em preparo para o parto, mas aqui fica nossa recomendação para que você se prepare para os desafios do puerpério também. Então, quando falamos de programar a gravidez, podemos falar que esse planejamento deve ser feito junto a profissionais e pode ter três momentos: antes, durante e depois da gravidez.
Leia sobre a parte nutricional do planejamento gestacional: