A cúrcuma (Curcuma longa) é uma especiaria com um forte pigmento amarelo que tem sido usada há séculos em todo o mundo na culinária, cosméticos, corantes e remédios medicinais. A curcumina (diferuloilmetano) é o componente ativo da cúrcuma e foi isolada e caracterizada pela primeira vez em 1910. Desde então, demonstrou exibir propriedades antiinflamatórias, antimicrobianas, antioxidantes, antineoplásicas e até mesmo potencial para melhorar doenças mentais. No herbalismo ocidental, a cúrcuma é usada principalmente como agente antiinflamatório1,2.
A curcumina não demonstrou toxicidade de até 8 g por dia, tornando-se uma alternativa potencialmente atraente aos medicamentos atualmente utilizados no tratamento de várias doenças4.
A curcuma e seus derivados estão associados a atividades anti-inflamatórias e antioxidantes na pele. Eles exibem efeitos benéficos na cicatrização de feridas e prevenção de danos crônicos do ultravioleta B e podem prevenir a vermelhidão facial, como rosácea e rubor. Há um interesse crescente em açafrão e curcumina no tratamento de uma variedade de doenças dermatológicas2,3.
Na revisão sistemática publicada por Vaughn AR, et al., (2016)2 aferiram que existem algumas evidências clínicas de que as formulações de açafrão/curcumina, usadas tanto por via oral quanto tópica, podem fornecer benefícios no tratamento de várias doenças de pele e na saúde geral da pele.
Barbalho SM, et al., (2021)3 publicaram uma revisão sistemática e foi concluído que os resultados desta revisão mostram que as espécies de cúrcuma podem desempenhar um papel no manejo da saúde da pele e podem apresentar vários efeitos dermatológicos, portanto, pode ser um novo arsenal terapêutico para profissionais de dermatologia. No entanto, mais ensaios clínicos devem ser realizados em humanos para estabelecer o método de entrega e dosagens ideais para diferentes condições dermatológicas.
Em uma revisão sistemática publicada por da Mata I, et al., (2021)5 sugeriram que as condições da pele examinadas incluem psoríase, prurido, líquen plano oral, vermelhidão facial, bem como tipos de câncer de pele. No geral, os benefícios terapêuticos para a saúde da pele foram observados através da suplementação oral de açafrão. Os estudos atualmente publicados, no entanto, são limitados, exigindo continuidade e aprimoramento na metodologia de intervenção empregada.
Referências bibliográficas:
- Gupta SC, Patchva S, Koh W, Aggarwal BB. 2012. Discovery of curcumin, a component of golden spice, and its miraculou biological activities. Clin Exp Pharmacol Physiol 39(3): 283–99.
- Vaughn AR, Branum A, Sivamani RK. Effects of Turmeric (Curcuma longa) on Skin Health: A Systematic Review of the Clinical Evidence. Phytother Res. 2016;30(8):1243-1264.
- Barbalho SM, de Sousa Gonzaga HF, de Souza GA, et al. Dermatological effects of Curcuma species: a systematic review. Clin Exp Dermatol. 2021;46(5):825-833.
- Cheng AL, Hsu CH, Lin JK, et al. 2001. Phase I clinical trial of curcumin, a chemopreventive agent, in patients with highrisk or pre-malignant lesions. Anticancer Res 21(4b): 2895–900 Epub 2001/11/20. PubMed PMID: 11712783.
- Mata IRD, Mata SRD, Menezes RCR, et al. Benefits of turmeric supplementation for skin health in chronic diseases: a systematic review. Crit Rev Food Sci Nutr. 2021;61(20):3421-3435.