DPOC leve a moderada, deficiência de vitamina D e perda óssea longitudinal: o Estudo Multiétnico de Aterosclerose
O presente estudo longitudinal que utilizou dados do Estudo Multiétnico de Aterosclerose, demonstrou que indivíduos com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) leve a moderada apresentaram uma perda óssea vertebral significativamente mais acelerada ao longo de 6 anos, especialmente entre aqueles com deficiência de vitamina D (< 20 ng/mL). A análise incluiu 1.226 participantes, sendo que 173 desses tinham DPOC, e utilizou tomografias tridimensional de tórax (qCT) para mensurar a densidade mineral óssea (DMO) vertebral. Após ajuste de variáveis como idade, etnia, peso, consumo de alcool, tabagismo, atividade fisica, uso de bisfosfonatos e proteina c reativa e deficiência de vitamina D, DPOC moderado a grave foi associado a piora mais acelerada de massa óssea (-0.38 mg/cm3/ano; 95 % CI: -0.74, -0.02). No grupo de participantes com baixos níveis de vitamina D, esta aceleração de perda foi mais acentuada, sugerindo que a deficiência dessa vitamina pode ser um fator modificador crítico na perda óssea relacionada à DPOC, mesmo em estágios leves a moderados da doença (−0,64 mg/cm³/ano; IC de 95%: −1,17 a −0,12). Avaliando o delta de perda óssea a mais causada pela deficiência de vitamina D nestes pacientes, foi cerca de 68% maior do que a perda habitual que já ocorreria normalmente. Portanto, a deficiência de vitamina D potencialmente acelera a deterioração esquelética que já ocorre na DPOC (principalmente moderada a grave), embora permaneça facilmente modificável com suplementação ativa.
Leia na íntegra: https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S8756328225001620