Impacto da suplementação de vitamina D3 na funcionalidade motora e na resposta imune em pacientes com doença de Parkinson e deficiência de vitamina D
Há avaliações sobre a fisiopatologia da DP, e esta pode envolver o aumento das células Th17 e diminuição das células T regulatórias (Treg) para ocorrência da neuroinflamação.Este ensaio clínico randomizado, duplo-cego e controlado por placebo avaliou os efeitos da suplementação de vitamina D3 em pacientes com doença de Parkinson (DP) com deficiência dessa vitamina. Os pacientes com DP e deficiência de vitamina D foram randomizados (1:1) para receber vitamina D3 5000 UI a cada 5 dias, ou placebo por via oral, durante 3 meses. Após a intervenção, o grupo que recebeu vitamina D3 apresentou aumento significativo nos níveis séricos de 25(OH)D3 (p < 0,05), redução nas células Th17 (de 4,62 ± 1,09 para 3,25 ± 1,14; p = 0,003) e aumento das Tregs (de 3,25 ± 0,90 para 4,52 ± 0,95; p = 0,003). Além disso, houve melhora na função motora avaliada pelas escalas UPDRS e UPDRS-III (p < 0,001), enquanto o grupo placebo não apresentou alterações. Os autores descrevem algumas limitações do estudo como: número baixo de participantes dificultando a generalização dos resultados, ainda não se pode confirmar que a melhora motora ocorreu apenas pela restauração da função neural devido melhor equilíbrio de Th17/Treg ou se há outros fatores concomitantes. Esses achados sugerem que a vitamina D3 pode restaurar o equilíbrio Th17 e Treg, assim como melhorar sintomas motores em pacientes com DP, representando uma possível estratégia terapêutica, embora como citado, estudos maiores sejam necessários para confirmar esses efeitos.
Leia na íntegra: https://www.nature.com/articles/s41598-025-10821-5#Sec16
Vitamina D e doenças neurodegenerativas como esclerose múltipla (EM), doença de Parkinson (DP), doença de Alzheimer (DA) e esclerose lateral amiotrófica (ELA): uma revisão da literatura atual
A presente revisão narrativa da literatura atual aborda o papel neuroprotetor da vitamina D3 e seus derivados em doenças neurodegenerativas como Alzheimer, Parkinson, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica. A vitamina D atua por meio do receptor de vitamina D (VDR), presente em diversas regiões cerebrais, influenciando positivamente mecanismos como regulação do cálcio neuronal, modulação imunológica, ação antioxidante e redução da inflamação e apoptose, mecanismos estes relacionas a degeneração neuronal. Estudos mostram que sua deficiência está associada a piora da função cognitiva, maior risco de doenças neurológicas e desregulação imune. Já o calcitriol, sua forma ativa, apresenta efeitos anti-inflamatórios e pode melhorar a neuroproteção e o estresse oxidativo. Apesar das evidências promissoras, ainda são necessários ensaios clínicos em larga escala para definir a dosagem ideal e comprovar seus benefícios terapêuticos no cérebro.
Leia na íntegra: https://link.springer.com/article/10.1007/s13668-025-00663-y#Sec3