A silimarina, um extrato de cardo mariano (Silybum marianum), é o tratamento botânico mais comumente usado para distúrbios hepáticos nos Estados Unidos, devido às suas supostas propriedades hepatoprotetoras1. Através de suas propriedades antioxidantes, a silimarina pode mitigar a peroxidação lipídica e a produção de lesão de radicais livres, um mecanismo suspeito de lesão hepática na NASH. Estudos avaliando o uso da silimarina nessa capacidade descobriram que ela é eficaz na eliminação de radicais hidroxila, impedindo a liberação de TNF alfa e restaurando os níveis normais de superóxido dismutase, um precursor da glutationa2.
Como misturas de drogas múltiplas, os componentes eficazes incluem taxifolina, isosilibina A, silibina A, silibina B, silibinina ou suas formas mistas. Um ensaio clínico com 64 pacientes com NASH registrados no Irã demonstrou que a silimarina diminuiu significativamente a ALT e AST séricas3.
A silimarina é uma opção de tratamento valiosa para doenças hepáticas desencadeadas por estresse oxidativo, como doença hepática gordurosa alcoólica e não alcoólica e doença hepática induzida por drogas4.
Referências Bibliográficas
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