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Link do artigo: https://link.springer.com/article/10.1186/s12887-025-05985-y
Efeito da suplementação de vitamina D sobre o estado inflamatório e sintomas comportamentais em crianças com transtornos do espectro autista: um ensaio clínico randomizado duplo-cego
O objetivo deste estudo foi avaliar se a suplementação de vitamina D, pelos seus efeitos anti-inflamatórios, teria alguma ação em alterações comportamentais de crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Este ensaio clínico randomizado, paralelo e duplo-cego, contou com um braço placebo e um braço intervenção em que as crianças utilizaram 300ui/kg ao dia de vitamina D, por 15 semanas, com um total de 43 participantes. Na avaliação da pontuação total do questionário Real-Life Rating Scale for Autism (RLRS) houve diminuição, porém quando comparado entre os grupos, o p-valor foi de 0,165, não tendo significância estatística. Foram avaliados ainda marcadores inflamatórios como os níveis séricos de TNF-α (P < 0,001) e IL-37 (P = 0,004) que diminuíram significativamente. Desta forma, este estudo levanta a possibilidade de melhora de fatores inflamatórios em crianças com TEA, porém até o momento sem impacto nas alterações comportamentais destes pacientes.
Referencia: Ebrahimi H, Kazemi M, Jafari M, Hosseini S, Rahmani S. Effect of vitamin D supplementation on inflammatory status and behavioral symptoms in children with autism spectrum disorders: a double-blind randomized clinical trial. BMC Pediatr. 2025 Aug 8;25:615. doi:10.1186/s12887-025-05225-4.
Link de artigo:
https://www.frontiersin.org/journals/nutrition/articles/10.3389/fnut.2025.1670083/full
Avaliação da influência da vitamina D em pacientes com sepse: uma revisão sistemática e meta-análise
Esta revisão sistemática e metanálise realizou busca de dados nas plataformas PubMed, Embase, Cochrane Library e Web of Science com artigos até fevereiro de 2025. No total 39 estudos foram incluídos, incluindo 1.208 pacientes pediátricos e neonatais e 60.566 pacientes adultos, ambos com diagnóstico de sepse. A prevalência combinada de deficiência e insuficiência de vitamina D foi de 76% para neonatos e crianças, e de 55% para adultos. A deficiência de vitamina D teve relação com a incidência e mortalidade de sepse estatisticamente significante, porém sem levar a uma diminuição de tempo de UTI. Através desta metanálise, extraiu-se valores de possível sensibilidade e especificidade da deficiência de vitamina D predizer a mortalidade na população adulta, sendo a sensibilidade de 81% e a especificidade de 31%. Conclui-se que a deficiência de vitamina D tem relação com a mortalidade pediátrica e em adultos, tem relação com a incidência e mortalidade da sepse. Apesar de resultados interessantes e mostrando possível biomarcador para prever mortalidade na sepse, os autores ressaltam as limitações do estudo, como inclusão de estudos observacionais que não apenas coortes, mas também estudos caso controle e transversais. Alguns pontos importantes não foram considerados como estado nutricional dos pacientes, os critérios diagnósticos de sepse utilizados, valor de corte para deficiência de vitamina D, doses de suplementação utilizadas, entre outros. Estes fatores podem ser fonte de heterogeneidade entre os estudos, o que limita as conclusões obtidas para diferentes subgrupos de pacientes. Frente a esse achado interessante da ação da relação da vitamina D na sepse, mais estudos se fazem necessários para estimar o verdadeiro valor preditivo da deficiência de vitamina D na incidência ou mortalidade na sepse.
Referência: Zhu H, Li K, Zhao Y, Qin J, Song G. Assessment of the influence of vitamin D in patients with sepsis: a systematic review and meta-analysis. Front Nutr. 2025 Oct 12;12:1670083. doi:10.3389/fnut.2025.1670083.