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Melatonina e o Sono

A insônia é definida como dificuldade persistente com o início do sono, consolidação do sono e permanência do sono, resultando em má qualidade do sono. Indivíduos que sofrem de insônia crônica mostram uma maior predisposição para condições psiquiátricas, incluindo depressão, ansiedade e abuso de substâncias. As pessoas que mostram suscetibilidade a distúrbios do sono têm um sistema nervoso simpático hiperativo, hiperexcitação e têm respostas mais intensas a eventos estressantes. Os níveis de melatonina diminuem com a idade, portanto, os adultos mais velhos são mais propensos a sofrer de níveis inadequados de melatonina. Assim, a secreção reduzida de melatonina pode estar envolvida no mecanismo da insônia1. A melatonina é uma indolamina fisiológica envolvida na regulação do ritmo circadiano e atualmente é usada para distúrbios secundários do sono apoiados por evidências empíricas5.

Mecanicamente, os níveis de melatonina endógena humana começam a aumentar aproximadamente 2 horas antes do início natural do sono e atingem o pico aproximadamente 5 horas depois2.

Ensaios clínicos demonstraram que a melatonina é eficaz no tratamento da insônia em outras coortes3. A melatonina altera aspectos específicos da arquitetura do sono, melhorando assim a qualidade do sono4. A melatonina exógena pode efetivamente tratar a insônia imitando a melatonina endógena natural, ligando-se aos mesmos receptores e ativando as mesmas vias downstream1.

Em uma meta-análise realizada por Li T, et al. (2019)5 analisaram 7 artigos randomizados e controlados e os efeitos da melatonina exógena e aferiu que os dados demonstram que a melatonina gera uma melhora na qualidade do sono, tempo de sono, latência de tempo de início de sono, sendo potencial para a abordagem em desordens secundárias do sono.

  1. Xie Z, Chen F, Li WA, et al. A review of sleep disorders and melatonin. Neurol Res. 2017 Jun;39(6):559-565.
  2. Bartlett DJ, Biggs SN, Armstrong SM. Circadian rhythm disorders among adolescents: assessment and treatment options. Med J Aust. 2013;199:S16–S20.
  3. Goldman SE, Adkins KW, Calcutt MW, et al. Melatonin in children with autism spectrum disorders: endogenous and pharmacokinetic profiles in relation to sleep. J Autism Dev Disord. 2014;44:2525–2535.
  4. Shechter A, Lesperance P, Ng YKN, et al. Nocturnal polysomnographic sleep across the menstrual cycle in premenstrual dysphoric disorder. Sleep Med. 2012;13:1071–1078.
  5. Li T, Jiang S, Han M, et al. Exogenous melatonin as a treatment for secondary sleep disorders: A systematic review and meta-analysis. Front Neuroendocrinol. 2019 Jan;52:22-28.
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